Lixo Eletrônico

Um dos grandes desafios da sociedade atual é o “lixo eletrônico”, graças aos possíveis danos ambientais (caso sejam destinados de maneira errada), ao consumo excessivo e a obsolescência programada. Este artigo irá abordar um pouco da dificuldade atual e de possíveis soluções que todos nós podemos adotar e até mesmo lucrar com isso.

O que é lixo eletrônico ou REEE?

O resíduo de equipamentos eletroeletrônicos (REEE), popularmente conhecido como “lixo eletrônico”, são dispositivos como celulares, tablets, computadores, TVs, lavadoras, geladeiras, etc., que na maioria das vezes são descartados de maneira incorreta.

Até pouco tempo atrás, a área da informática não era tradicionalmente vista como uma indústria poluidora. No entanto, o acelerado avanço tecnológico diminuiu o ciclo de vida dos equipamentos, gerando um aumento no descarte do REEE. Este problema ocorre principalmente pelos componentes tóxicos presentes nestes equipamentos que podem contaminar o meio ambiente. Além disso, esses aparelhos contêm materiais valiosos e metais raros, úteis para fabricar outros eletrônicos com material reciclado, podendo ser valorizado no descarte.

Mineração urbana de e-waste

A mineração tradicional realiza a extração de recursos do subsolo por meio de lavra de uma jazida mineral e, em seguida, ocorre o processamento dos minérios. Já a mineração urbana, consiste no aproveitamento econômico de recursos do “sobressolo” decorrentes da geração de resíduos de produtos e materiais pós-consumo.

Tanto a mineração convencional como a mineração urbana podem recuperar materiais metálicos raros e comuns e materiais não metálicos, a exemplo, respectivamente, de REEE e sucatas ferrosas e não ferrosas, e de resíduos de construção e demolição (RCD).

Conceitualmente, a mineração urbana é a recirculação, reutilização ou reciclagem de produtos e materiais pós-consumo na forma de matéria prima secundária, como forma de diminuir os impactos ambientais, contribuir com a sociedade, valorizar os resíduos gerando maior benefício econômico.

 

De todas as montanhas de resíduos geradas no mundo, a dos eletroeletrônicos, também conhecidos nos exterior como e-waste, é a que cresce de forma mais rápida.

“Nos últimos cinco anos, a quantidade de lixo eletrônico cresceu três vezes mais rapidamente do que a população mundial e 13% mais rapidamente do que o PIB de todos os países”, afirma o presidente da Associação Internacional de Resíduos Sólidos, Antonis Mavropoulos.

Desde 2010, foram estabelecidas regras, por meio de Acordos Setoriais e outros instrumentos, para a viabilização dos Sistemas de Logística Reversa (SLR) sob a responsabilidade compartilhada e gerida pelos próprios produtores para auxiliar na destinação final adequada para alguns resíduos específicos.

Logística reversa e responsabilidade compartilhada como ferramenta de sustentabilidade

A Política Nacional de Resíduos Sólidos trouxe um moderno conceito de gestão integrada de resíduos sólidos, que prevê um conjunto de ações que visam à busca de soluções para esta área, de forma a considerar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, focadas no desenvolvimento sustentável. Assim, a responsabilidade compartilhada gera uma cadeia de obrigações diferenciadas entre os diversos autores presentes na gestão integrada de resíduos. Já na Logística Reversa, de forma prática, tem como objetivo reduzir a poluição, promover a reutilização e a reciclagem dos resíduos enquanto aprimora a marca e a imagem da organização.

Os procedimentos de transformação tendem a se inserir na rede de distribuição, envolvendo toda a produção, desde a oferta à demanda. A Logística Reversa é chamada de pós-venda a área responsável pela administração de informações e fluxo físico de bens que foram descartados e agora voltam à cadeia de distribuição direta.

A logística reversa (LR) no setor empresarial é executada através de ações onde se possibilita a captação de materiais e gerenciamento de resíduos com a finalidade de reciclagem, pós-processamento e reutilização dos seus itens considerando os aspectos sócio-ecológicos e econômicos. Todo o processo da reciclagem funciona mediante a colaboração do consumidor, cooperados e com as empresas dos diversos setores. A Logística Reversa representa o fluxo contrário envolvendo todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais, englobando a questão de transporte e estocagem de resíduos.

O acelerado crescimento da sociedade e o aumento da demanda de produção elevam o índice de poluição, sendo uma economia sustentável essencial para conservação da vida e do planeta, uma vez que, todos os recursos disponíveis na terra são finitos, portanto se não houver um equilíbrio e controle tudo poderá se findar. Além disso, como trata dos procedimentos de retorno de produtos ou ciclo produtivo, estes utilizam os canais de distribuição reversos, agregando alguns benefícios que vão desde econômico, sustentável e melhora da imagem corporativa.

A ETS contribui com a logística reversa de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos atuando na valorização, de grande parte, dos resíduos e também das empresas contratantes.

Entre em contato

referências:
http://www.limpezapublica.com.br/textos/lixo_eletronico.pdf
https://www.cetem.gov.br/antigo/images/periodicos/2018/mineracao-urbana.pdf
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STP_077_543_11709.pdf
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/07/05/montanha-de-lixo-eletronico-nao-para-de-crescer-no-mundo.ghtml
https://tecnoblog.net/309683/o-que-e-lixo-eletronico/

Acompanhe mais algumas notícias em destaque